VESTIR O CORPO PELO AVESSO
com Vítor Alves da Silva
DATAS: 5 a 15 MAIO 2025
HORÁRIO: seg, ter e qui das 20h às 23h
TOTAL DE HORAS: 18h (6 sessões)
PÚBLICO-ALVO: Profissionais de Artes Cénicas
LOCAL: Polo 2 do Teatro Meridional | Marvila | Largo Luís Dourdil Lote 4, 1º piso (acesso pelas escadas exteriores).
VALOR: 110€
INSCRIÇÃO E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:
• Preencher o formulário de inscrição, no link: http://bit.ly/3YmWEtc
• Caso as inscrições ultrapassem o número máximo de participantes, serão sujeitas a um processo de seleção prévia.
• Caso não seja atingido o número mínimo de participantes, a formação não se realizará.
• Após ser notificado por e-mail sobre a realização do workshop, o pagamento por transferência bancária deve ser efetuado na totalidade até à data informada.
• Se efetuar o pagamento após a data informada, a vaga na formação não é garantida.
• Em caso de desistência até 24h do início da formação, o valor da inscrição é reembolsado em 50% da totalidade paga.
• Em caso de desistência no primeiro dia ou após o início da formação, o valor da inscrição não é reembolsado.
APRESENTAÇÃO
O que distingue o figurino do traje ou a indumentária do guarda-roupa?
O que define um básico e o não-figurino?
Que léxico é este que caracteriza o vestuário no ato performativo?
É de conhecimento geral que num processo de criação nas artes performativas, o design de figurinos tem sempre uma competência agregadora e poli semântica, não só pela sua função base, mas também pela sua capacidade plástica de comunicação: identidade; contexto; valor estético e semiótico; simbólico; estilos; arquétipos; convenções; etc.
Este exercício e desenvolvimento criativo é paralelo a todas as áreas envolvidas no processo e na procura do questionamento que advém das premissas dramatúrgicas e conceptuais a que o objeto artístico se refere. No entanto, este laboratório propõe uma discussão e exploração, não apenas sobre os conceitos e léxico inerentes ao figurino, mas sobretudo acerca das propriedade e qualidades das matérias-primas e de que modo possam a ser também elas um motor de criação na relação com o corpo performativo.
Estes limites não estão definidos e ainda bem:
- Será que o figurino pode atribuir qualidades ao corpo para além das que são visíveis?
- Como é que a matéria-prima, pelos seus atributos e qualidades, pode ser também um potenciador para a criação, se pensarmos, como exemplo, na diferença de um conceito com matérias naturais – a lã ou o linho, ou com matérias sintéticas – plástico ou resinas?
- Pelo reconhecimento e identificação dos materiais e seus elementos poderei desenvolver conceitos como o peso, a textura, o volume, a resistência, e que não partem necessariamente de uma memória ou da consciência física?
A proposta desta exploração serve para colocar a questão: pode a génese da matéria-prima ser o ponto motor para a criação e o figurino existir antes da personagem?
VÍTOR ALVES DA SILVA
Licenciado em Teatro, variante de Interpretação, pela ESMAE, onde também anteriormente frequentou a variante de Design de Figurinos. Foi animador residente no Museu Do Carro Eléctrico – STCP, convite dos Serviços Educativos na afirmação de dinamização cultural no contexto museológico. Trabalhou com Inês Vicente, Oskar Gómez Mata, Bruno Schiappa, Nuno Carinhas, Rui M. Silva, Natália Luíza, Miguel Seabra, Maria Duarte, João Garcia Miguel, Marta Lapa, Hugo Cruz, Fernanda Lapa, Pedro Ramos, Marlene Barreto, Miguel Maia, Luís Moreira. Colabora regularmente como ator, assistente de encenação e figurinista com várias companhias profissionais, nomeadamente: Companhia Teatro Meridional; Escola de Mulheres – Oficina de Teatro; Ordem do O. Assim como a ficção televisiva, publicidade, locução e dobragem. Após o terminus da formação académica desenvolve um trabalho de pesquisa laboratorial de componente física junto de criadores nacionais, em modelos de oficinas e de pesquisa colectiva: João Fiadeiro, Fernanda Eugénio, Sofia Neuparth, Àfrica Martinez Ferrin, Victor Hugo Pontes, Catarina Lacerda. Desde 2017 é um dos leitores do ciclo de poesia contemporânea “Da Voz Humana”, pela direção de Marta Lapa. É codiretor e cofundador da Gravity Forms Associação. Durante o ano letivo 2019/2020 integrou o corpo docente da EPAOE – Chapitô, como Coordenador do 2º Ano e professor de Técnicas Performativas e Dramaturgia. Desde 2023 é docente da cadeira de Voz, do Curso de Interpretação na Escola Superior de Teatro e Cinema, IPL.